sábado, 24 de dezembro de 2011

Simulado de português e matemática

A partir dos links abaixo, faça o download de um simulado de português e outro de matemática. O público-alvo é o ensino fundamental.

Simulado de Português
Simulado de Matemática

Bons estudos!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Concurso em Águas Lindas...

Desde o dia 15 de dezembro de 2011 estão abertas as inscrições para concurso municipal que proverá cargos no âmbito da secretaria de educação. São mais de duas mil vagas distribuídas entre ensino fundamental incompleto, ensino médio e superior. Para inscrever-se, o candidato de verá acessar o site www.institutocidades.org.br e cadastrar-se. 
Entretanto, não basta apenas increver-se no concurso e esperar o dia da prova. É preciso muita dedicação, esforço e disciplina para se sair bem e alcançar uma boa colocação. É preciso estudar muito. 
Tendo em vista essa necessidade básica e a oportunidade de lucrar com isso, muitas gráficas e editoras publicaram e estão vendendo algumas apostilas. Contudo, alguns concurseiros opinam dizendo que a qualidade do conteúdo apresentado é contestável. Segundo a professora Joyce, educadora no CEPF, "o conteúdo não abrange ao que é requerido no edital do concurso". 
Sendo assim, além de estudar a apostila, faz bem o candidato que procura outras fontes. O Português: eu falo  disponibiliza os links abaixo para aqueles que assim precisarem de fontes extras de conteúdo:

Apostila Secretário Escolar - concurso em SP
Simulados - português, matemática, conhecimentos gerais, pedagogia, etc
Aulas de português
Joguinho muito divertido sobre as novas regras ortográficas e conhecimentos gerais
Curso online secretariado escolar
Apostila de português
Manual do secretário escolar - Governo do MS

 A todos os candidatos desejamos boa sorte e bons estudos. Gostaríamos também de contar com a contribuição de nossos leitores em postar comentários e links úteis para os candidatos. Super abraço.

Mostra cultural do PF é um sucesso...

A mostra cultural Paulo Freire aconteceu no dia 18 de novembro de 2011. A seguir, fotos com exposições de algumas turmas:
Menina representando personagem de Mangá



Alunas em estande sobre a cultura oriental

Equipamentos são expostos em estande sobre evolução tecnológica

A reciclagem e a sustentabilidade em revista

Jovens e o mercado de trabalho

Dicas de como se comportar em uma entrevista de emprego

A música e seus vários ritmos

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Aluna do CEPF é premiada em concurso de redação

 Prof. Sérgio Luiz, Graziella da Silva e a subsecretária Rosilda
Durante todo o ano de 2011 tivemos motivos para comemorar. E um desses motivos foi a premiação da aluna Graziella da Silva, aluna do Colégio Estadual Paulo Freire, no concurso de redação Goiás na Ponta do Lápis promovido anualmente pelo Jornal Tribuna do Planalto, e em 2011, com o apoio da Secretaria de Educação do Estado de Goiás. Nesse ano, tivemos a oitava edição do concurso. Essa edição, por sua vez, abordava o tema "Goiás sem drogas: o desafio é de todos nós". Um tema bastante atual e que tem gerado, no âmbito político e social, muitas discussões. Parabéns, Grazi!


quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Canal no YouTube exclusivo para candidatos do Enem e vestibulandos...


 Para quem quer saber mais sobre vestibular e Enem, existe o Canal Oficina do Estudante. Lá você encontrará dicas de estudos, video aulas e outros recursos dinâmicos para um aprendizado otimizado.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Artigo de Opinião


É comum encontrar circulando no rádio, na TV, nas revistas, nos jornais, temas polêmicos que exigem uma posição por parte dos ouvintes, espectadores e leitores, por isso, o autor geralmente apresenta seu ponto de vista sobre o tema em questão através do artigo de opinião. 

É importante estar preparado para produzir esse tipo de texto, pois em algum momento poderão surgir oportunidades ou necessidades de expor ideias pessoais através da escrita.
 

Nos gêneros argumentativos, o autor geralmente tem a intenção de convencer seus interlocutores e, para isso, precisa apresentar bons argumentos, que consistem em verdades e opiniões.
 

O artigo de opinião é fundamentado em impressões pessoais do autor do texto e, por isso, são fáceis de contestar.

Para produzir um bom artigo de opinião é aconselhável seguir algumas orientações. Observe:
 

a) Após a leitura de vários pontos de vista, anote num papel os argumentos que mais lhe agradam, eles podem ser úteis para fundamentar o ponto de vista que você irá desenvolver.
 

b) Ao compor seu texto, leve em consideração o interlocutor: quem irá ler a sua produção. A linguagem deve ser adequada ao gênero e ao perfil do público leitor.
 

c) Escolha os argumentos, entre os que anotou, que podem fundamentar a ideia principal do texto de modo mais consciente, e desenvolva-os.
 

d) Pense num enunciado capaz de expressar a ideia principal que pretende defender.
 

e) Pense na melhor forma possível de concluir seu texto: retome o que foi exposto, ou confirme a ideia principal, ou faça uma citação de algum escritor ou alguém importante na área relativa ao tema debatido.
 

f) Crie um título que desperte o interesse e a curiosidade do leitor.
 

g) Formate seu texto em colunas e coloque entre elas uma chamada (um importante e pequeno trecho do seu texto).

h) Após o término do texto, releia e observe se nele você se posiciona claramente sobre o tema; se a ideia está fundamentada em argumentos fortes e se estão bem desenvolvidos; se a linguagem está adequada ao gênero; se o texto apresenta título e se é convidativo e, por fim, observe se o texto como um todo é persuasivo.
 

Reescreva-o, se necessário.
Por Marina Cabral
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura
 
Equipe Brasil Escola

Jornal estudantil é fonte de informação em centro de ensino


Maior fonte de disseminação de informação da unidade de ensino
de Divinópolis do Centro Federal de Educação Tecnológica de
Minas Gerais (Cefet-MG), o jornal Nós é mantido em parceria
com os alunos. Criado em 2007, a publicação resultou de um
projeto de iniciação científica para alunos de ensino técnico e
profissionalizante proposto pelo professor de redação da
escola, Luiz Carlos Gonçalves.

Todos os alunos da escola podem contribuir com sugestões
de pauta ou com produção de textos e ilustrações. Mas os 
maiores colaboradores são os alunos das aulas de redação e 
bolsistas do projeto. Segundo o professor, as aulas
de redação são transformadas em “reuniões de pauta”. 
Os alunos são preparados para entender
o trabalho de preparação do texto jornalístico
desde a concepção da pauta até a criação do leiaute, 
passando pela produção de fotos e gráficos. 
São discutidos ainda temas ligados à análise 
do discurso e a interação entre a imagem e o texto.

A inovação introduzida pelo jornal está na linguagem,
na abordagem dos temas e no leiaute do jornal.
Segundo Gonçalves, que é mestre em análise do
discurso, a linguagem é formal e isenta para que
o jornal tenha credibilidade. O Nós é distribuído a 
todos os alunos da escola e enviado para escolas
de ensino fundamental e médio e em curso 
preparatório para o Cefet. O boletim impresso
está em sua 14ª edição e deu origem a umaversão na internet. 
Além do jornal, o professor coordena o sítio e o twitter.

Muitos alunos dizem que tentarão faculdade de 
comunicação depois da experiência com as aulas
voltadas para o texto jornalístico. Uma das primeiras
bolsistas do programa, Bárbara Regina,
conquistou uma vaga para o curso de comunicação da
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), 
onde desenvolve projetos baseados em sua experiência
com o Nós.

Ana Júlia Silva de Souza

Fonte:Ministério da Educação
Versão online do jornal Nós: Jornal Nós 

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Quando amar é errado...


Diariamente nos deparamos com a expressão “Te amo”. Bem, essa declaração não traz nada de errado com o seu significado, entretanto, foge às regras da norma culta. Não se pode iniciar frases com pronome oblíquo átono. Sendo assim, para declarar-se, ou continuar sendo amado, você tem outras opções: “Amo-te!” ou, simplesmente, “Eu amo você”.  

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Inscrições abertas para o 25º prêmio Jovem Cientista

Já estão abertas as inscrições para o prêmio Jovem Ciêntista. Tal projeto é coordenado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e é aberto a alunos do ensino médio. Se informe melhor no site:

www.jovemcientista.cnpq.br

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Revolucione a sala de aula - Stephen Kanitz


Qual a profissão mais importante para o futuro de uma nação? O engenheiro, o advogado ou o administrador? Vou decepcionar, infelizmente, os educadores, que seriam seguramente a profissão 
mais votada pela maior parte dos leitores. Na minha opinião, a profissão mais importante para definir uma nação é o arquiteto. Mais especificamente o 
arquiteto de salas de aula.
Na minha vida de estudante freqüentei vários tipos de sala de aula. A grande maioria seguia o padrão usual de um monte de cadeiras voltadas para um quadro negro e uma mesa de professor bem imponente, em cima de um tablado. As aulas eram centradas no professor, o "lócus" arquitetônico da sala de aula, e nunca no aluno. Raramente abrimos a boca para emitir nossa opinião, e a maior parte dos alunos ouve o resumo de algum livro, sem um décimo da emoção e dos argumentos do autor original, obviamente com inúmeras honrosas exceções.
Nossos alunos, na maioria, estão desmotivados, cheios das aulas. É só lhes perguntar de vez em quando. Alguns professores adoram ser o centro das atenções, mas muitos estão infelizes com sua posição de ator obrigado a entreter por cinqüenta minutos um bando de desatentos.
Não é por coincidência que somos uma nação facilmente controlada por políticos mentirosos e intelectuais espertos. Nossos arquitetos valorizam a autoridade, não o indivíduo. Nossas salas de aula geram alunos intelectualmente passivos, e não líderes; puxa sacos, e não colaboradores. Elas incentivam a ouvir e obedecer, a decorar, e jamais a ser criativos.
A primeira vez que percebi isto foi quando estudei administração de empresas no exterior. A sala de aula, para minha surpresa, era construída como anfiteatro, onde os alunos ficavam num plano acima do professor, não abaixo. Eram construídas em forma de ferradura ou semicírculo, de tal sorte que cada aluno conseguia olhar para os demais. O objetivo não era a transmissão de conhecimento por parte do professor, esta é a função dos livros, não das aulas.
As aulas eram para exercitar nossa capacidade de raciocínio, de convencer nossos colegas de forma clara e concisa, sem "encher lingüiça", indo direto ao ponto. Aprendíamos a ser objetivos, a mostrar liderança, a resolver conflitos de opinião, a chegar a um comum acordo e obter ação construtiva. Tínhamos de convencer os outros da viabilidade de nossas soluções para os problemas administrativos apresentados no dia anterior. No Brasil só se fica na teoria.
No Brasil, nem sequer olhamos no rosto de nossos colegas, e quando alguém vira o pescoço para o lado é chamado à atenção. O importante no Brasil é anotar as pérolas de sabedoria.
Talvez seja por isto que tão poucos brasileiros escrevem e expõem as suas idéias. Todas as nossas reclamações são dirigidas ao governo - leia-se professor - e nunca olhamos para o lado para trocar idéias e, quem sabe, resolver os problemas sozinhos.
Se você ainda é um aluno, faça uma pequena revolução na próxima aula. Coloque as cadeiras em semicírculo. Identifique um problema de sua comunidade, da favela ao lado, da própria faculdade ou escola, e tente encontrar uma solução. Comece a treinar sua habilidade de criar consenso e liderança. Se o professor quiser colaborar, melhor ainda. Lembre-se de que na vida você terá de ser aprovado pelos seus colegas e futuros companheiros de trabalho, não pelos seus antigos professores.
Stephen Kanitz é administrador (www.kanitz.com.br)
Publicado na Revista VEJA, Editora Abril, edição 1671, Ano 33, nº 42 de 18 de outubro de 2000, página 23

Videoaulas de português

Prepare-se para a prova do Enem! Assista às videoaulas das matérias nas quais você tem mais dificuldade! Para isso, basta clicar sobre a imagem acima. Bons estudos!

Olimpíada de Matemática 2011

Participam da Olimpíada os alunos da rede pública a partir da 6ª série do ensino fundamental até o ensino médio. Em 2011, o número de participantes foi recorde: 19,6 milhões de concorrentes. E 504 conseguiram o prêmio máximo.

Estudantes recebem medalha de ouro da Olimpíada Brasileira de Matemática

UNIVERSIDADES BRASILEIRAS NÃO ESTÃO ENTRE AS MELHORES DO MUNDO

O Brasil não tem nenhuma instituição de ensino superior entre as 100 mais bem avaliadas no mundo. Na liderança do ranking divulgado nesta quinta-feira pela THE (Times Higher Education), principal referência no campo das avaliações de universidades, aparece a norte-americana Harvard.

Os Estados Unidos são o grande destaque, com sete universidades entre as dez primeiras e 45 entre as 100.

Em seguida vem o Reino Unido, com duas entre as dez primeiras – Oxford e Cambridge – e 12 no total. 

A Rússia aparece com a Universidade Lomonosov, de Moscou, na 33ª posição. A China tem cinco universidades no ranking (duas em Hong Kong e uma em Taiwan). A melhor é a Tsinghua, de Pequim, no 35º lugar. O Instituto Indiano de Ciência está na 91ª colocação.

A surpresa é a Universidade de Tóquio, que aparece na oitava posição. No ranking geral, ela está no 26º lugar.

Fora o Reino Unido, a Europa não aparece bem no ranking. A universidade suíça mais bem colocada está em 24º lugar. A alemã, em 48º. Nenhuma francesa está entre as 50 primeiras. Itália, Espanha e Portugal não figuram no ranking.

Mais de 13 mil acadêmicos de 131 países foram consultados para a elaboração da lista das universidades com melhor reputação.

Grêmio Estudantil

Tenho conversado com muitos alunos a respeito da criação do Grêmio da escola. Sei que nem todos acreditam e apoiam a ideia, mas deixarei alguns links para que vocês leiam tirem as suas próprias conclusões
acerca do assunto. Postem comentários!

http://www.diadiaeducacao.pr.gov.br/portals/portal/gremio/
http://www.pucrs.br/mj/subsidios-gremio_estudantil.php
http://www.conexaoaluno.rj.gov.br/especial.asp?EditeCodigoDaPagina=2050
http://www.blogeducacao.org.br/wp-content/uploads/2010/03/plano_gremio_estudantil.pdf
http://www.webartigos.com/articles/3098/1/O-Papel-Do-Gremio-Estudantil-Na-Gestao-Da-Escola-Democratica/pagina1.html

O Paulo Freire no ranking de escolas do município no Enem 2009

Ocupando a posição 489,14 no Ranking de escolas no Enem de 2009o que já não é por si só motivo de nenhum aplauso, o Colégio Estadual Paulo Freire ficou à frente de muitas outras escolas do município. Apesar disso, temos muito o que melhorar. O colégio do município que ficou no topo do ranking, o Colégio Estadual Duque de Caxias ( na posição 543,03), apresenta uma média um tanto superior a da média obtida pelo P.F. Inclusive, o Colégio Estadual Olavo Bilac também superou a média da escola local: 497,21. 
Só que tenho uma boa notícia. Em primeiro lugar, esses índices revelam a posição da escola no Ranking de 2009. Segundo, essa realidade pode ser mudada. Terceiro, temos potencial de sobra para o fazê-lo.
Quem só reclama, não sai do lugar. É necessário lutar, trabalhar e esforçar para que haja uma mudança. Por outro lado a educação não depende somente do professor ou da direção da escola, sendo assim, deve haver um esforço conjunto (pais, alunos, professores) para que tenhamos uma escola com o mais alto nível de excelência na educação. Se fizermos isso, reverteremos, ainda neste ano, a posição no Ranking. Está na hora de galgar patamares.

Fonte: http://veja.abril.com.br/educacao/enem/

Como escrever um bom artigo - Stephen Kanitz

Escrever um bom artigo é bem mais fácil do que 
a maioria das pessoas pensa. No meu caso, português foi sempre a minha pior matéria. Meu professor de português, o velho Sales, deve estar se revirando na cova.

Ele que dizia que eu jamais seria lido por alguém. Portanto, se você sente que nunca poderá escrever, não desanime, eu sentia a mesma coisa na sua idade.

Escrever bem pode ser um dom para poetas e literatos, mas a maioria de nós está apta para escrever um simples artigo, um resumo, uma redação tosca das próprias idéias, sem mexer com literatura nem com grandes emoções humanas.
 

O segredo de um bom artigo não é talento, mas dedicação, persistência e manter-se ligado a algumas regras simples. Cada colunista tem os seus padrões. Eu vou detalhar alguns dos meus e espero que sejam úteis para você também.

1. Eu sempre escrevo tendo uma nítida imagem da pessoa para quem eu estou escrevendo. Na maioria dos meus artigos para a Veja, por exemplo, eu normalmente imagino alguém com 16 anos de idade ou um pai de família.
 

Alguns escritores e jornalistas escrevem pensando nos seus chefes, outros escrevem pensando num outro colunista que querem superar, alguns escrevem sem pensar em alguém especificamente.
 

A maioria escreve pensando em todo mundo, querendo explicar tudo a todos ao mesmo tempo, algo na minha opinião meio impossível. Ter uma imagem do leitor ajuda a lembrar que não dá para escrever para todos no mesmo artigo. Você vai ter que escolher o seu público alvo de cada vez, e escrever quantos artigos forem necessários para convencer todos os grupos.
O mundo está emburrecendo porque a TV em massa e os grandes jornais não conseguem mais explicar quase nada, justamente porque escrevem para todo mundo ao mesmo tempo. E aí, nenhum das centenas de grupos que compõem a sociedade brasileira entende direito o que está acontecendo no país, ou o que está sendo proposto pelo articulista. Os poucos que entendem não saem plenamente ou suficientemente convencidos para mudar alguma coisa.
2. Há muitos escritores que escrevem para afagar os seus próprios egos e mostrar para o público quão inteligentes são. Se você for jovem, você é presa fácil para este estilo, porque todo jovem quer se incluir na sociedade. 
Mas não o faça pela erudição, que é sempre conhecimento de segunda mão. Escreva as suas experiências únicas, as suas pesquisas bem sucedidas, ou os erros que já cometeu.
Querer se mostrar é sempre uma tentação, nem eu consigo resistir de vez em quando de citar um Rousseau ou Karl Marx. Mas, tendo uma nítida imagem para quem você está escrevendo, ajuda a manter o bom senso e a humildade. Querer se exibir nem fica bem. 
Resumindo, não caia nessa tentação, leitores odeiam ser chamados de burros. Leitores querem sair da leitura mais inteligentes do que antes, querem entender o que você quis dizer. Seu objetivo será deixar o seu leitor, no final da leitura, tão informado quanto você, pelo menos na questão apresentada.
Portanto, o objetivo de um artigo é convencer alguém de uma nova idéia, não convencer alguém da sua inteligência. Isto, o leitor irá decidir por si, dependendo de quão convincente você for.
3. Reescrevo cada artigo, em média, 40 vezes. Releio 40 vezes, seria a frase mais correta porque na maioria das vezes só mudo uma ou outra palavra, troco a ordem de um parágrafo ou elimino uma frase, processo que leva praticamente um mês. 
Ninguém tem coragem de cortar tudo o que tem de ser cortado numa única passada. Parece tudo tão perfeito, tudo tão essencial. Por isto, os cortes são feitos aos poucos. 
Depois tem a leitura para cuidar das vírgulas, do estilo, da concordância, das palavras repetidas e assim por diante. Para nós, pobres mortais, não dá para fazer tudo de uma vez só, como os literatos. 
Melhor partir para a especialização, fazendo uma tarefa BEM FEITA por vez. 
Pensando bem, meus artigos são mais esculpidos do que escritos. Quarenta vezes talvez seja desnecessário para quem for escrever numa revista menos abrangente. Vinte das minhas releituras são devido a Veja, com seu público heterogêneo onde não posso ofender ninguém. 
Por exemplo, escrevi um artigo "Em terra de cego quem tem um olho é rei". É uma análise sociológica do Brasil e tive de me preocupar com quem poderia se sentir ofendido com cada frase. 
O Presidente Lula, apesar do artigo não ter nada a ver com ele, poderia achar que é uma crítica pessoal? Ou um leitor achar que é uma indireta contra este governo? Devo então mudar o título ou quem lê o artigo inteiro percebe que o recado é totalmente outro? 
Este é o tipo de problema que eu tenho, e espero que um dia você tenha também.
O meu primeiro rascunho é escrito quando tenho uma inspiração, que ocorre a qualquer momento lendo uma idéia num livro, uma frase boba no jornal ou uma declaração infeliz de um ministro. Às vezes, eu tenho um bom título e nada mais para começar. Inspiração significa que você tem um bom início, o meio e dois bons argumentos. O fechamento vem depois. 
Uma vez escrito o rascunho, ele fica de molho por algum tempo, uma semana, até um mês. O artigo tem de ficar de molho por algum tempo. Isso é muito importante. 
Escrever de véspera é escrever lixo na certa. Por isto, nossa imprensa vem piorando cada vez mais, e com a internet nem de véspera se escreve mais. Internet de conteúdo é uma ficção. A não ser que tenha sido escrito pelo próprio protagonista da notícia, não um intermediário.
A segunda leitura só vem uma semana ou um mês depois e é sempre uma surpresa. Tem frases que nem você mais entende, tem parágrafos ridículos, mas que pelo jeito foi você mesmo que escreveu. Tem frases ditas com ódio, que soam exageradas e infantis, coisa de adolescente frustrado com o mundo. A única solução é sair apagando.
O artigo vai melhorando aos poucos com cada releitura, com o acréscimo de novas idéias, ou melhores maneiras de descrever uma idéia já escrita.

Estas soluções e melhorias vão aparecendo no carro, no cinema ou na casa de um amigo. Por isto, os artigos andam comigo no meu Palm Top, para estarem sempre à disposição.
Normalmente, nas primeiras releituras tiro excessos de emoção. Para que taxar alguém de neoliberal, só para denegri-lo? Por que dar uma alfinetada extra? É abuso do seu poder, embora muitos colunistas fazem destas alfinetadas a sua razão de escrever.
Vão existir neoliberais moderados entre os seus leitores e por que torná-los inimigos à toa? Vá com calma com suas afirmações preconceituosas, seu espaço não é uma tribuna de difamação.
4. Isto leva à regra mais importante de todas: você normalmente quer convencer alguém que tem uma convicção contrária à sua. Se você quer mudar o mundo você terá que começar convencendo os conservadores a mudar.
Dezenas de jornalistas e colunistas desperdiçam as suas vidas e a de milhares de árvores, ao serem tão sectários e ideológicos que acabam sendo lidos somente pelos já convertidos. Não vão acabar nem mudando o bairro, somente semeando ódio e cizânia.
Quando detecto a ideologia de um jornalista eu deixo de ler a sua coluna de imediato. Afinal, quero alguém imparcial noticiando os fatos, não o militante de um partido. Se for para ler ideologia, prefiro ir direto na fonte, seja Karl Marx ou Milton Friedman. Pelo menos, eles sabiam o que estavam escrevendo.
É muito mais fácil escrever para a sua galera cativa, sabendo que você vai receber aplausos a cada "Fora Governo" e "Fora FMI". Mas resista à tentação, o mercado já está lotado deste tipo de escritor e jornalista. Economizaríamos milhares de árvores e tempo se graças a um artigo seu, o Governo ou o FMI mudassem de idéia. 
5. Cada idéia tem de ser repetida duas ou mais vezes. Na primeira vez você explica de um jeito, na segunda você explica de outro. Muitas vezes, eu tento encaixar ainda uma terceira versão.
Nem todo mundo entende na primeira investida, a maioria fica confusa. A segunda explicação é uma nova tentativa e serve de reforço e validação para quem já entendeu da primeira vez.
Informação é redundância. Você tem que dar mais informação do que o estritamente necessário. Eu odeio aqueles mapas de sítio de amigo que se você errar uma indicação você estará perdido para sempre. Imagine uma instrução tipo: "se você passar o posto de gasolina, volte, porque você ultrapassou o nosso sítio". 
Ou seja, repeti acima uma idéia mais ou menos quatro vezes, e mesmo assim muita gente ainda não vai saber o que quer dizer "redundância" e muitos nunca vão seguir este conselho.
Neste mesmo exemplo acima também misturei teoria e dois exemplos práticos. Teoria é que informação para ser transmitida precisa de alguma redundância, o posto de gasolina foi um exemplo. 
Não sei porque tanto intelectual teórico não consegue dar a nós, pobres mortais, um único exemplo do que ele está expondo. Eu me recuso a ler intelectual que só fica na teoria, suspeito sempre que ele vive numa redoma de vidro. 
6. Se você quer convencer alguém de alguma coisa, o melhor é deixá-lo chegar à conclusão sozinho, em vez de você impor a sua. Se ele chegar à mesma conclusão, você terá um aliado. Se você apresentar a sua conclusão, terá um desconfiado.
Então, o segredo é colocar os dados, formular a pergunta que o leitor deve responder, dar alguns argumentos importantes, e parar por aí. Se o leitor for esperto, ele fará o passo seguinte, chegará à terrível conclusão por si só, e se sentirá um gênio.
Se você fizer todo o trabalho sozinho, o gênio será você, mas você não mudará o mundo, e perderá os aliados que quer ter.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Artigo do Stephen Kanitz, antigo colunista da revista Veja:

Um Dia de Aula em Harvard

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Jamais esquecerei o meu primeiro dia de aula na Harvard Business School. No dia anterior recebemos 90 páginas descrevendo três problemas administrativos que haviam ocorrido anos atrás em empresas verdadeiras.
Tínhamos 24 horas para tomar uma série de decisões, utilizando as mesmas informações disponíveis da diretoria da época. Era um problema por matéria, 3 matérias por dia.
O primeiro caso do dia tratava-se de uma empresa controlada por dois irmãos, bem sucedida por trinta anos, até o dia em que um deles se desquitou e casou com uma moça vinte anos mais jovem.
Esse pequeno fato desencadeou uma série de problemas que afetava o desempenho da empresa. Nós éramos os consultores que teriam de sugerir uma saída.
No primeiro dia, na primeira aula, o professor entrou na sala e simplesmente disse:
- Sr. Kanitz, qual é a sua recomendação para esse caso? 
- Por que eu?
As aulas a que eu estava acostumado em toda a minha vida de estudante consistiam num bando de alunos ouvindo pacientemente um professor que dominava as nossas atenções pelo resto do dia.
Simplesmente, naquele fatídico dia, eu não estava preparado quando todos viraram suas atenções para mim - e, pelo jeito, eu é que teria de dar a aula.
Esse sistema é conhecido por ensino centrado no aluno e não no professor. Tanto é que, minha grande frustração foi ter os melhores professores de administração do mundo, mas que ficavam na maioria das aulas, simplesmente calados.
Curiosamente, falar em aula era uma obrigação, e não o que em geral acontece em muitas escolas secundárias brasileiras, em que essa atitude é passível de punição.
Outra descoberta chocante foi constatar, que a maioria dos famosos livros de administração de nada serviam para resolver aquele caso. Nenhum capítulo de Michael Porter trata especificamente de 'problemas de desquites em empresas familiares', um fato mais comum nas empresas do que se imagina.
A maioria das decisões na vida é de problemas que ninguém teve que enfrentar antes, e sem literatura pré-estabelecida.
Estamos sozinhos no mundo com nossos problemas pessoais e empresariais. Quão mais fácil foi a minha vida de estudante no Brasil, quando a obrigação acadêmica era decorar as teorias do passado de Keynes, Adam Smith e Peter Drucker, como se fossem livros de auto-ajuda para os problemas do futuro.
Durante dois anos, estudamos mais de 1.000 casos ou problemas dos mais variados tipos: desde desquites, brigas entre o departamento de marketing e o financeiro, greves, governos incompetentes, fusões, cisões, falências e até crises na Ásia.
Isto nos obrigava a observar, destilar as informações relevantes, ignorar as irrelevantes, ponderar as contradições, trabalhar com vinte variáveis ao mesmo tempo, testar alternativas, formar uma decisão e expô-la de forma clara e coerente.
Estavam ensinando por meio de uma metodologia inédita na época (1972), o que poucas escolas e faculdades fazem até hoje: ensinar a pensar.
Em nada adianta ficar ensinando como outros grandes cérebros do passado pensavam. Em nada adianta copiar soluções do passado e achar que elas se aplicam ao presente.
Num mundo cada vez mais mutável, onde as inter-relações nunca são as mesmas, ensinar fatos e teorias será de pouca utilidade para o administrador ou economista de hoje.
Ensinar a pensar também não é tão fácil assim. Não é um curso de lógica, nem uma questão de formar uma visão crítica do mundo achando que isto resolve a questão. Sair criticando o mundo, contestando as teorias do passado forma uma geração de contestadores que nada constrói, que nada sugere.
Minha recomendação ao jovem de hoje é para que se concentre em uma das competências mais importantes para o mundo moderno: aprender a pensar e a tomar decisões.
original publicado em 2000.